É muito difícil encontrar alguém que goste de lagarta. A algumas pessoas as lagartas causam medo; a outras, causam nojo. E quase todas as pessoas sentem alguma aversão por esses pequenos animais. É difícil encontrar alguém que goste de lagarta. Mas é também difícil encontrar alguém que não goste de borboleta. A borboleta é o mais belo e gracioso dos insetos. Os cientistas acreditam que existem mais de 90 mil espécies diferentes de borboletas e mariposas. Elas estão presentes em todos os países e em todos os lugares. Elas são tão belas que têm sido chamadas de “flores aladas” e de “jóias voadoras”.
Quando vemos uma borboleta tão bonita não paramos para pensar que ela já foi uma lagarta feia e nojenta. Todas as borboletas já foram lagarta. A ciência chama de metamorfose o processo que transforma a lagarta em borboleta.
Metamorfose é também a palavra usada pelo apóstolo Paulo em Romanos 12.2 para designar a transformação por que devem passar os crentes. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
A palavra que foi traduzida por transformai-vos pode ser traduzida também por metamorfoseai-vos. O pecado fez do ser humano uma lagarta feia e nojenta, mas o plano de Deus é transformar-nos em borboletas.A metamorfose na vida do crente é aquela série de mudanças espirituais e morais que se processa em nossa vida, desde a nossa conversão até a nossa glorificação. Ela tem como objetivo santificar a vida do crente.
O alvo, como escreveu o apóstolo Paulo na Epístola aos Efésios, capítulo 4, é levar-nos “à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (v. 13). Nesse processo de metamorfose, o crente vai deixando para trás os pecados, os erros, os defeitos de caráter e tudo que o identifica com o mundo.
Para trás devem ficar o esquema do mundo, a filosofia do mundo, a ética do mundo e a moral do mundo.Mas, a metamorfose não é apenas um processo de deixar para trás as coisas que desagradam a Deus. É também um processo de edificação espiritual e de construção do caráter. Nesse processo vamos adquirindo virtudes que nos farão cada dia mais semelhantes a Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo chama essas virtudes de fruto do Espírito. Elas são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22,23).
A vida cristã é como a luz da aurora: vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
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