E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Gênesis 3:9
Essas foram as primeiras palavras de Graça de que a humanidade tomou conhecimento. Quando foram pronunciadas? Por quem? Dirigidas a quem?
Quando? Na mesma ocasião em que o homem se tornou culpado diante de Deus, perdendo a inocência. Um mandamento lhe fora dado para testá-lo na sua obediência ao Criador; e foi nesse primeiro teste que o homem colocou tudo a perder. “Imediatamente, toda a relação entre o Céu e a Terra mudou”, escreveu o pastor Brian Jones. “O padrão do Paraíso foi radicalmente alterado. A harmonia, a paz e o equilíbrio do Éden foram quebrados. Naquele momento, a história do Universo mudou.”
Por quem? Pelo próprio Criador. Com que ingratidão e desprezo foi Ele tratado! Não obstante, o Deus eterno desceu à Terra, mas não para Se vingar. Com palavras embargadas pela tristeza, palavras de clemência e salvação, Ele chamou: “Adão, onde você está?” Era um chamado cheio de dor, mas também repleto de amor. A Sua pergunta não era por não saber onde Adão e Eva estavam e nem o que haviam feito, mas porque aquela pergunta alcançaria todos os pecadores de todos os tempos e lugares da Terra. Sua misericórdia não tem começo nem fim.
Além do mais, era um chamado que demandava resposta e ação. Era um chamado do Pai para Seus filhos. Era o mesmo que dizer: “Filhos, o que foi que vocês fizeram? Venham, vamos conversar.” Mas eles estavam envergonhados, pois perceberam que estavam nus. Na verdade, o pecado ocasiona vergonha e inibição para falar com Deus. Ele desnuda nossa verdadeira natureza. Quantas vezes, nós mesmos, depois de cometer algum pecado, temos vergonha de orar. Nem sabemos como começar.
Dirigidas a quem? Ao culpado que caíra em pecado. Perante Deus, nossos primeiros pais eram os representantes de todos os pecadores que deles haviam de nascer. E você e eu estamos dentro dessa realidade. Mas Deus é o mesmo em Seu amor. “Assim manifestou Deus Seu amor ao homem [...] Sua graça, em toda a sua vastidão, é posta à disposição de todos” (Filhos e Filhas de Deus [MD 2005], p. 11).
O que mais Deus precisa fazer para nos satisfazer, para nos convencer e nos atrair? Certamente, Deus não precisa fazer mais nada. O sacrifício de Cristo foi completo. Agora, a decisão de aceitar Sua entrega é minha e sua!
REFLEXÃO: “Se o Senhor quisesse a nossa morte, certamente não nos teria feito ouvir essas coisas” (Jz 13:23, de uma citação antiga).
Retirado de: Meditações Diárias Água da Fonte - Wilson Sarli