O amor é paciente, é benigno; [...] tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4, 7

O pastor foi visitar um membro da sua igreja cujo casamento estava em crise, e conversaram durante uma tarde sobre o assunto. Aquele irmão estava inconformado, pois achava que a culpa não era dele e, de todas as maneiras, queria encontrar a chave que destrancasse o segredo daquela separação. A atitude da esposa, por sua vez, era fria e agressiva.

O pastor ouviu bastante aquele, finalmente, arriscou-se a uma pergunta:

– O que o irmão faria se jamais descobrisse a causa do problema?

– Na verdade, pastor, eu acho que deveria amar minha esposa assim mesmo!

– Pois bem. Não seria essa a chave do segredo que você tanto procura?
Não seria o caso de você estar preso ao orgulho arraigado em seu coração, isto é, o de só resolver o problema quando tudo estiver bem ao seu gosto?
Não se esqueça: “O amor não procura os seus interesses.”

As duas maiores causas de separação entre casais, dentro das quais se enquadram todos os demais motivos menores e irrelevantes, são a infidelidade e o egoísmo. Mas há remédio para ambos se houver humildade recíproca. Para o primeiro, o perdão. Para o segundo, conversão.
Havendo perdão, o amor é renovado. Havendo conversão, Cristo passa a fazer parte do triunvirato da família – Ele, ela e eu. Quando o “eu”, de ambos os lados, for substituído por “nós”, tudo muda para melhor. Não que as lutas deixem de existir, elas continuam, mas com uma diferença – Cristo luta ao nosso lado. E se Cristo é por nós, quem será contra nós?

Felizmente, aquele irmão entendeu a mensagem. Naquela mesma noite conversou com a esposa arredia, e sem pedir explicações para os fatos, agiu como se compreendesse tudo com clareza e a paz voltou àquele lar. Ele disse ao pastor, tempos depois, que havia algo dentro de si que o impedia de relevar alguma falta da esposa, que ele nem bem sabia qual era. Revelou que ele também tinha culpa no que aconteceu. Finalmente, abraçaram-se, perdoaram-se e começaram tudo de novo.

Não nos esqueçamos de que, nessas ocasiões, nossa insistência em querer entender tudo em todos os detalhes, pode neutralizar o processo de solução e cura. O amor nem sempre é condicionado à compreensão ou à análise. O amor é para ser vivido em toda a sua beleza, no dia-a-dia, apesar de tudo.

REFLEXÃO: “O amor não [...] procura os seus interesses, [...] não se ressente do mal, [...] tudo suporta” (1Co 13:5, 7).
Retirado de Meditações Diárias Água da Fonte - Wilson Sarli