A verdade permanece mesmo depois de muito tempo, mas as mentiras são descobertas bem depressa. Provérbios 12:19.


Há certos valores da vida que recebemos por herança e outros, por aquisição. Os que surgem por herança, chegam sem que precisemos lutar por eles. Quanto aos que nos vêm por aquisição, temos que adquiri-los com diligência e ajuda do Espírito Santo, pois são eles que formarão em nós um caráter sólido e duradouro.
Desses valores que recebemos por aquisição, a "verdade" é aquele que é tratado com mais leviandade e escárnio. Isso acontece em todas as camadas sociais.

Com muita facilidade se perverte a verdade, se esconde parte da verdade, se diz um pouco mais que a verdade, meias-verdades são usadas, mente-se dando a impressão de autêntica verdade. Não foi por acaso que o pecado de Ananias e Safira, dizendo meias-verdades ao Espírito Santo, lhes conferiu severo castigo, tirando deles a vida presente e a futura.

Meias-verdades são mentiras, mesmo aquelas consideradas profissionais. A tão famosa e usada "mentira-branca" é mentira, e se é mentira não pode ser verdade, portanto, o cristão verdadeiro não deve lançar mão desse artifício em nenhuma circunstância.

O maior perigo para a formação e desenvolvimento do caráter reside na mentira de qualquer forma ou categoria que seja. Mesmo dizendo uma verdade com a intenção de enganar ou de desviar a atenção de um fato real, é mentira.
Abraão agiu assim com Faraó em relação a Sara, sua "meia-irmã", o que era verdade, mas que naquele ocasião, de fato, era sua esposa (Gn 12:13). Isso mostra que, até mesmo dentro da igreja, não estamos livres de certas clássicas meias-verdades que, na verdade, são mentiras.

Escreveu Ellen White: "Seja a verdade dita sem disfarces nem frouxidão. Torne-se ela uma parte da vida. Considerar levianamente a verdade, e dissimular para servir a planos egoístas, significa naufrágio na fé" (Atos dos Apóstolos, p. 76).
No texto bíblico desta meditação, o sábio escritor ensina que a mentira não subsistirá e que a verdade é inseparável da permanência.

O plano de Deus é que sejamos pessoas de boa fé, escrupulosamente honestas, sem máscaras, sem rodeios e ornamentos postiços. A aprovação de Deus estará sobre um grupo em cuja boca "não se achou engano" (Ap 14:5).

REFLEXÃO: "O remanescente de Deus não "falará mentiras; não se achará na boca deles língua enganosa" (Sf 3:13).