Então, o Senhor me perguntou: "Amós, o que você está vendo?" E eu respondi: "Um fio de prumo". Ele me disse: "Eu vou medir o meu povo com o prumo." Amós 7:8, BV
O prumo é um instrumento usado pelos construtores para que a construção suba verticalmente e segura. No texto bíblico desta meditação, o uso do prumo significa um exame feito por Deus da conduta de Israel.
Israel foi testado pelo prumo de Deus e achado em perigo. O edifício religioso e espiritual da nação estava a ponto de desabar. Deus disse: "Não vou mais adiar o castigo." Os altares e templos pagãos, bem como a família real, seriam destruídos e se transformariam em ruínas.
O prumo na mão de Deus não é apenas para testar a conduta de uma nação. No julgamento final, cada um de nós será aferido pela maneira de falar e de proceder. O "fio de prumo" celestial, isto é, a "lei" (Tg 2:12), mostrará como estará o edifício da nossa fé. Resistirá ele ao escrutínio divino?
Ao construir Deus esse templo e nos colocar como pedras vivas na Sua estrutura, Ele espera que estejamos bem ajustados. Para constatar se realmente estamos no lugar certo, Ele lança mão do prumo. Ao perceber qualquer saliência indevida, (à semelhança do pedreiro) dá umas pancadinhas aqui e ali até que a pedra fique ajustada no seu lugar, dando prumo ao restante do edifício. Essas pancadinhas são, muitas vezes, as provações que nos alcançam para eliminar as arestas de nossa vida. É o processo de remoção dos pecados e defeitos – e como dói, às vezes!
Atente para algumas dessas arestas que podem pôr em risco a nossa segurança espiritual individual e da igreja como um todo: a moda, a vaidade, as atrações pecaminosas do mundo, músicas profanas, companhias inconvenientes, ambientes duvidosos, infidelidade em todos os sentidos, desentendimentos entre os irmãos, mau testemunho, sexo indevido, calúnia, crítica... Com essas arestas todas, não podemos estar bem ajustados ao edifício de Deus. Então, Ele toma a "colher" e começa a cortá-las, e nos ajusta quando o permitimos.
Um último ponto: Assim como o barro ou o cimento que liga os tijolos de uma parede, o amor é a amálgama que nos une como pedras vivas, na construção do templo de Deus. Havendo amor entre os irmãos, não haverá brecha; não havendo brecha, Satanás não pode penetrar com suas insinuações. Por isso, o amor fraternal deve ser uma realidade na vida de todos nós.
REFLEXÃO: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas [...] no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor" (Ef 2:21).