Só podemos saber o que Deus nos revelou sobre si mesmo através dele mesmo. A nossa ignorância natural sobre este assunto é apresentada por Zofar em Jó 11. 7 ao 9 – “Porventura alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno; que poderás tu saber? Mais comprida é a sua medida do que a terra; e mais larga do que o mar”.

Deus é infinito, mas o homem é finito. Portanto, podemos concluir que lhe é impossível compreender inteiramente ao Senhor, pois o que compreende deve ser maior do que aquilo que é compreendido. Deus é infinitamente superior a todas as inteligências criadas, e por isso é impossível a quem quer que seja compreender inteiramente a sua natureza.

A incompreensibilidade de Deus foi admitida pelos filósofos pagãos, como se pode ver na história de Simônides. Sendo este filósofo interrogado por seu príncipe com a pergunta: "O que ou quem é Deus?", o filósofo para responder pediu da primeira vez um dia, da segunda uma semana, e da terceira vez um mês. E depois disto ainda continuou considerando o assunto. Finalmente o filósofo deixou a pergunta sem resposta, declarando que quanto mais examinava o tema, tanto mais se convencia de sua incompreensibilidade.

Portanto, é impossível compreender a essência de Deus. Tudo quanto podemos fazer é considerar os atributos de Deus, até onde lhe aprouve revelar tais atributos ao homem. Neste sentido da palavra é nosso privilégio e também nosso dever tomar conhecimento deles. Deixando de lado as classificações teológicas dos atributos em absolutos e relativos, naturais e morais, positivos e negativos, próprios e metafóricos, que servem mais para confundir do que esclarecer o assunto abordaremos o tema à luz do esboço abaixo, que reúne 12 atributos:

§ Unidade
§ Eternidade
§ Espiritualidade
§ Onisciência
§ Onipotência
§ Onipresença
§ Imutabilidade
§ Sabedoria
§ Verdade
§ Santidade
§ Justiça
§ Bondade